Prosumer – características do Consumidor Web
Segundo pesquisa divulgada pelo Ibope Mídia em 2011, a porcentagem de usuários do e-commerce, por classe social, é a seguinte:
A e B | 61% |
C | 35% |
D e F | 4% |
Esse estudo fez outra descoberta interessante: no Brasil, quem compra na internet são os mais jovens – 8 em cada 10 consumidores virtuais.
O estudo também levantou que 37% dos compradores vivem nas cidades do Rio de Janeiro ou de São Paulo, ou seja, além de jovem, o consumidor on-line é, em sua maioria, urbano.
Livros, telefones e acessórios para celulares, eletrodomésticos e eletrônicos são os produtos mais comprados pela internet. Ainda segundo a pesquisa, chega a 2/3 os internautas que fizeram de 1 a 5 transações na internet nos seis meses anteriores ao estudo.
O estudo apontou também que cerca de 80% dos usuários usam a web para comparar preços antes de fechar uma compra, seja ela on-line ou no estabelecimento físico.
Seguindo o dinamismo da própria internet, vem sendo caracterizada uma nova forma ou modalidade de consumidor denominada prosumers.
A denominação prosumer foi utilizada pela primeira vez por Alvin Toffler no livro A Terceira Onda (1980). Esse termo foi aplicado para descrever um fenômeno em que os consumidores não são limitados à sua função de consumidores, mas que se tornam também produtores ou cocriadores.
Prosumers são consumidores engajados no processo de cocriação de produtos, significados e identidades. São consumidores proativos e dinâmicos em compartilhar seus pontos de vista. Eles estão na vanguarda em relação à adoção de tecnologias, mas sabem identificar valor nos produtos escolhidos. (TROYE; XIE, 2007; XIE; BAGOZZI; TROYE, 2008 apud FONSECA et al., 2008, p. 4)
Para conhecer mais sobre o Prosumer, clique aqui.
Pode-se reconhecer um prosumer, através de algumas características peculiares. Veja a seguir.
1. Criam seu próprio estilo de vida. São proativos, procuram dicas e palpites de todas as fontes e montam seus estilos de vida em função de suas necessidades.
2. Fazem escolhas inteligentes. Buscam através de rede de contatos saber quais são os produtos que terão melhor custo- -benefício. Nesse sentido, costumam errar menos nas escolhas.
3. Abraçam a mudança e a inovação. São os pioneiros em adotar novas tecnologias, mas não as aceitam de forma incondicional, ou seja, querem ser os primeiros a aderirem às novidades que acrescentem valor.
4. Estão conectados e interagem. Acessam a informação sem limitações de espaço e de tempo. Possuem a característica de enviar sugestões, reclamações e trocar informações e opiniões, com enorme capacidade de influenciar quem os rodeia.
5. São árbitros de marcas. São consumidores que não se prendem a marca, e sim a qualidade do produto. Valorizam mais um determinado produto ou serviço pelo seu valor e alertam os demais das suas redes de contato sobre isso.
6. Querem saber como fazer. Procuram saber como fazer as coisas em lugar de confiar em outros para isso. São rápidos em aprender e afeitos a compartilhar seu conhecimento com os demais.
(Fonte: Fonseca et al., 2008. Adaptado.)
Já se fala em três grandes tipos de categorias de marcas no modo como lidam com conceito de prosumer (SANTOS, 2012):
- Marcas como a Wikipedia ou o Firefox só conseguem existir devido à contribuição dos prosumers. Todo o seu modelo de negócio baseia-se na participação dos consumidores.
- Marcas como Lego, Haagen-Dazs ou Adidas permitem a contribuição dos prosumers de dois modos: no processo criativo e design dos seus produtos (como exemplo o concurso da Haagen Dazs para o melhor sabor de sorvete) ou como meio de personalizar a versão do produto/serviço disponibilizado pela marca (a customização das sapatilhas Adidas).
- Marcas como a Pepsi, que cedem muito ligeiramente à tendência do prosumer e apenas permitem aos seus consumidores criar um spot de TV baseado na sua experiência pessoal com a marca.
Este terceiro grupo de marcas está, definitivamente, em maioria. Essas marcas acabam por não levar a sério o conceito de prosumer e apenas tentam demonstrar que levam as opiniões dos consumidores a sério, permitindo-lhes que tenham uma influência nos elementos non-core (não essenciais) da marca (SANTOS, 2012).
De acordo com a Wikipédia, prosumer é um termo originado do inglês, que provém da junção de producer (produtor) + consumer (consumidor) ou professional (profissional) + consumer (consumidor).
A cocriação é uma forma de inovação que acontece quando as pessoas de fora da empresa, como fornecedores, colaboradores e clientes, associam-se com o negócio ou produto agregando inovação de valor, conteúdo ou marketing, e recebendo em troca os benefícios de sua contribuição, sejam eles através do acesso a produtos customizados ou da promoção de suas ideias. (COCRIAÇÃO, 2012)
No vídeo a seguir você pode complementar os seus estudos sobre o comportamento do consumidor e a sua geração:
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