Marketing Futuro

Textos para estudantes sobre marketing, branding, mídias digitais, administração, produção e recursos humanos.

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Como escolher uma boa empresa de design gráfico?

Sem temer a generalização, um escritório de design, seja de pequeno, médio ou grande porte, pode dar conta da gama de serviços apontados anteriormente – identidade visual, embalagens, produtos editoriais, materiais promocionais, produtos em mídia eletrônica e sinalização.

É muito importante, no entanto, que se tenha em mente que esses serviços costumam representar apenas uma parte de uma atividade ou projeto mais amplo, e que não se deve supor que o designer vá resolver questões que extrapolam sua área de conhecimento e especialidade.

Dois exemplos ajudam a compreender melhor a questão.

Um relatório anual necessita de um projeto gráfico, de diagramação e de produção gráfica para existir como produto editorial. Contudo, precisa igualmente de planejamento, estruturação de conteúdo, redação e revisão, tarefas que cabem a editores, jornalistas, redatores, revisores.

Um bom produto (uma comunicação eficaz) pressupõe a boa qualidade de cada um desses aspectos.

Na perspectiva de quem vai contratar, pode-se imaginar pelo menos três caminhos distintos para assegurar esse resultado:

  • a) a empresa tem uma equipe, em geral alocada em sua área de comunicação, que se encarrega das atividades referentes a estruturação e texto, e contrata um escritório de design para realizar as etapas de design gráfico do relatório;
  • b) a empresa terceiriza todo o processo de edição do relatório contratando independentemente um escritório especializado em texto e
  • um escritório de design gráfico;
  • c) a empresa contrata o escritório de design gráfico, solicitando que inclua em sua proposta as etapas relativas a texto, que serão subcontratadas, ou vice-versa.

Outro exemplo envolveria identidade visual.

Digamos que uma empresa diagnostique o envelhecimento de sua logomarca e demais aspectos de identidade visual. Decide renová-la, mas faz questão de fazê-lo no âmbito de uma estratégia de marca, que conduza ao estabelecimento de um novo posicionamento. Mais
uma vez, diferentes caminhos podem levar a um resultado que atenda completamente à demanda, como:

  • a) a empresa conta com profissionais em sua estrutura para desenhar a estratégia, que comporá o briefing (instruções claras e objetivas sobre o serviço, como será detalhado no próximo capítulo) do escritório de design gráfico a ser contratado;
  • b) a empresa contrata uma consultoria de branding, que oferece o pacote;
  • c) a empresa contrata escritórios especializados independentes.

Nos dois casos descritos, não há uma regra para decidir qual seria a melhor prática a ser adotada. Qualquer uma das alternativas
pode ser apropriada, desde que se garantam certas condições. As equipes especializadas precisariam trabalhar em conjunto ou sob orientação e supervisão atentas e coerentes. O essencial aqui é permitir o diálogo entre as disciplinas e beneficiar-se da especificidade de cada uma.

Onde buscar referências?

Ultrapassada a fase de decisão – a empresa já sabe o que quer, identificou a necessidade de contratar um escritório de design gráfico –, onde buscar referências?

Essa dúvida é comum e afeta a escolha de fornecedores de qualquer área. Como dispomos de grande quantidade de informação sobre o mercado de serviços, o desafio é a triagem.

As associações profissionais e empresarias do setor (ver referências ao final do Guia) costumam manter atualizados cadastros de escritórios de design, em geral agrupados por especialidade. Uma busca criteriosa por escritórios de design gráfico na internet pode gerar bons resultados, com a vantagem de já permitir o acesso a sites institucionais, com dados sobre histórico, clientela e projetos realizados.

Revistas especializadas em marketing ou design também cobrem as novidades do setor e é sempre útil acompanhá-las.

Por fim, indicações de outras empresas – a tradicional propaganda boca-a-boca – são referências em geral confiáveis.

Em que prestar atenção?

É recomendável analisar cuidadosamente o portfólio de um possível fornecedor, que frequentemente reúne informações sobre o histórico do escritório, equipe, serviços oferecidos, principais trabalhos realizados, clientes etc.

O portfólio pode estar disponível na internet, costume cada vez mais disseminado, ou ser encaminhado sob demanda, a partir de um
contato por telefone ou e-mail. Saber se o escritório já realizou anteriormente serviço semelhante ao demandado pode ser o primeiro e mais básico item da análise. Mas convém ir muito além disso.

Seguem algumas questões que compõem um breve roteiro e podem inspirar outras mais específicas:

  • Os serviços realizados pelo escritório de design gráfico parecem assemelharse à demanda da empresa em termos de complexidade e abrangência? (Além de imagens, os portfólios por vezes trazem uma breve descrição dos casos.)
  • Os serviços realizados apresentam a qualidade desejada para atender à demanda da empresa?
  • Os serviços realizados demonstram versatilidade ou todos os produtos se parecem, indicando que seguem uma mesma solução visual? Isso pode indicar que o escritório adota um estilo bastante padronizado, um problema se a demanda exigir a adoção de
  • caminhos muito diferenciados.
  • A equipe é compatível com a demanda? Esse aspecto é controverso e em princípio não deveria ser usado como critério para descartar um possível fornecedor, pois escritórios pequenos e médios tendem a ampliar a equipe conforme o volume de
  • serviços solicitados. Mas a pergunta surgirá em algum momento, caso a parceria se concretize.
  • O histórico ou a descrição da equipe trazem informações que qualifiquem seus profissionais? Pode ser formação, experiência, premiações etc.
  • A empresa reconhece ou se identifica minimamente com a clientela atendida pelo escritório? Novamente, não há padrão, mas empresas grandes tenderão a olhar com bons olhos escritórios que já tenham atendido a clientes grandes; empresas de determinado
  • setor de atividade podem sentir um relativo conforto em ver seus pares entre os clientes, e assim por diante.

FONTE: Guia das Melhores Práticas de Branding – Associação Brasileira de Anunciantes (ABA)

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